quinta-feira, 12 de março de 2015

Caso Ezequiel Castanha: 5 testemunhas são ouvidas por quase 15 horas

A Justiça Federal em Itaituba ouviu durante 14 horas e meia cinco testemunhas da acusação no processo em que o principal acusado é o fazendeiro Ezequiel Antônio Castanha [foto], preso no último dia 21, a Operação Castanheira, sob a acusação de comandar quadrilha que teria desmatado 15 mil hectares de florestas no sudoeste do Pará ao longo dos últimos 10 anos.

As audiências começaram na quarta-feira, às 9h30, e se estenderam até as 23h.

Os trabalhos recomeçaram nesta quinta-feira (12), às 9h, e terminaram no início da tarde. O juiz federal Emanuel José Matias Guerra ouviu 3 testemunhas indicadas pela Polícia Federal, inclusive o delegado que presidiu o inquérito da Operação Castanheira, e dois agentes do Ibama.

Durante as inquirições, a procuradora da República Janaína Andrade de Sousa e os advogados dos 18 réus puderam fazer perguntas às testemunhas sobre todos os atos praticados por eles que resultaram na ação criminal que foi proposta pelo Ministério Público Federal.

Na próxima fase, serão ouvidas as testemunhas arroladas pela defesa e, por último, a Justiça Federal procederá aos interrogatórios dos 17 réus.

Esquema

Ezequiel Castanha foi preso juntamente com o empresário Edivaldo Dalla Riva. De acordo com investigações do Ibama, apenas Castanha acumula mais de R$ 30 milhões em multas por crimes ambientais e tinha prisão decretada desde agosto de 2014.

Ele é acusado de integrar um esquema de grilagem de terras – inclusive áreas indígenas e assentamentos – ao longo da rodovia BR-316, entre os municípios de Altamira e Novo Progresso.

De acordo com o Ministério Público Federal, o grupo invadia terras públicas, desmatava e incendiava a área para formação de pastos e depois vendia as terras como fazendas.

As investigações também apontaram que a quadrilha chegou a invadir a área da Floresta Nacional do Jamanxim. O prejuízo ambiental está avaliado em R$ 500 milhões. Os suspeitos devem responder por mais de 10 crimes, entre eles, invasão de terras públicas, lavagem de dinheiro, crime ambiental e falsificação de documentos.

Fonte: Justiça Federal
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