domingo, 15 de fevereiro de 2015

Desmatamento na Amazônia mantem ritmo de crescimento, aponta Imazon

O Imazon faz o monitoramento independente do desmatamento na Amazônia Legal e divulgou, nesta quinta-feira (12/02), o balanço dos alertas para janeiro de 2015.

Em janeiro foram detectados 288 Km² de perda florestal, contra 109 km² registrados em janeiro de 2014: um crescimento de 169%. Este é o sexto aumento consecutivo na taxa, que vem apresentado tendência de alta desde agosto, o primeiro mês do ano-calendário de medição do desmatamento na Amazônia Legal. O calendário vai de agosto até julho do ano seguinte - neste caso, julho de 2015.

No acumulado desses meses, a derrubada de floresta atingiu 1660 quilômetros quadrados, contra 531 km² detectados no mesmo período anterior (agosto-dezembro/2013), uma subida de 213%.

75% do desmatamento ocorrido no período ocorreu no Mato Grosso (com 217 km²), seguido do Pará, com 20% (ou 59 km²).  Juntos os dois estados foram responsáveis por 95% de todo o desmatamento na Amazônia.  Todos os dez municípios onde mais houve desmatamento estão nos dois estados, com destaque para Altamira, como o segundo município que mais desmatou, especialmente na região da BR-163.

80% das áreas desmatadas se encontram em terras públicas sem destinação ou em propriedades privadas, 12% em assentamentos de reforma agrária, 7% em unidades de conservação e 1% em terras indígenas.

No Oeste do Pará, destacam-se grandes desmatamentos promovidos no interior do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Terra Nossa (140 hectares), em Altamira e na Reserva Biológica Nascentes do Cachimbo (1370 hectares), em Novo Progresso, ambos na região paraense da BR-163.

Também houve aumento substancial (1.116%) das áreas com florestas degradadas, que são aqueles onde não há corte raso da floresta e sim extração seletiva de espécies madeireiras, principalmente.


*Com informações do Imazon.
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