sábado, 26 de outubro de 2013

Reforma Agrária e conflitos territoriais indígenas “caem” no Enem


A prova de “Ciências Humanas e suas Tecnologias” do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada neste sábado (26 de outubro), trouxe uma questão sobre posições antagônicas existentes na sociedade em relação à Reforma Agrária e outra que abordava a distribuição espacial dos conflitos indígenas pelo país. 


Foram trazidos dois fragmentos de textos com posições referentes á Reforma Agrária. O primeiro deles, extraído do sítio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) abordava a tática do movimento de ocupar latifúndios improdutivos, grandes fazendas e terras griladas para fazer cumprir o preceito constitucional da função social e realizar a democratização da proprieadade da terra no país. Outro fragmento de texto, extraído o sítio “Observador Político” afirma que “apoiar uma empresa produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a reforma agrária”.

Em seguida era perguntado os fundamentos de cada um dos posicionamentos, a que cada um dos autores associam a reforma agrária. 

Veja a íntegra da questão abaixo (clique na figura para ampliá-la)


Na questão sobre os conflitos em terras indígenas no Brasil, foram trazidos dois mapas do Brasil. No primeiro deles se destacava a distribuição espacial atual da população brasileira em 2012, caracterizando as regiões mais densamente povoadas. No segundo mapa, era trazidas informações sobre a distribuição dos conflitos territoriais em terras indígenas. A pergunta referia-se a relação entre os dois padrões de distribuição de processos socioespaciais em relação a menor incidência de disputas territoriais indígenas.

Veja abaixo a questão (clique na figura para ampliá-la):


A prova de Ciências Humanas trouxe ainda entre as suas questões uma citação de a "Crítica da Economia Política" de Marx e Engels sobre a estrutura econômica da sociedade e sua relação com as superestruturas políticas e jurídicas; o aumento dos mecanismos de controle nas relações de trabalho a partir do conceito de trabalho flexível; a forma estigmatizada com que filmes de Hollywood tratam a cultura dos povos da África; a consolidação do regime democrático da África do Sul a partir da superação do regime segregacionista (sem citar a palavra apartheid); a opção legalista de Joaquim Nabuco pela abolição da escravidão no Brasil, inclusive trazendo um trecho dele em que se afirma: “É no parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder a causa da liberdade”.

Numa das questões, uma charge abordava uma crítica à internet, ou melhor, a ausência de vida social com a internet.

Havia ainda uma  questão relacionada a ampliação do conceito de cidadania a partir de direitos civis conquistados pelos homossexuais nos Estados Unidos; a conquista ao direito ao voto pelas mulheres no Brasil nos anos trinta; a extinção legal da pluridade partidária no Brasil em 1965; a formação de brigadas internacionalistas durante a Guerra Civil Espanhola para combater o fascismo; a ampliação das trocas econômicas pelo mundo ao mesmo tempo em que aumenta a seletividade dos fluxos populacionais; os protestos da juventude européia entre outros assuntos.
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