domingo, 7 de abril de 2013

Força Nacional irá atuar na segurança das usinas de Rondônia durante greve

Operários da Santo Antônio e de Jirau entraram em greve na terça-feira. Audiência de conciliação entre empreiteira e trabalhadores está agendada.

Larissa Matarésio*
Para reforçar a segurança e ajudar a Polícia Militar de Rondônia a controlar a situação da greve na construção das Usinas Hidrelétricas do Madeira, Santo Antônio e Jirau, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na quinta-feira (4) a autorização para o emprego da Força Nacional pelo prazo de 180 dias, que pode ser prorrogado. Em greve desde terça-feira (2), cerca de 24 mil operários que trabalham na construção das usinas estão parados, em Porto Velho. 
O Consórcio Construtor Santo Antônio (CCSA), responsável pelas obras na Hidrelétrica de Santo Antônio, disse que desde o início da geração de energia um pequeno grupo da Força Nacional já faz a segurança nos canteiros da obra e que apesar dos trabalhadores continuarem paralisados o clima é tranquilo.

A empreiteira Camargo Corrêa diz que a solicitação da Força Nacional é feita pelo governo do estado. O G1 não conseguiu contato com a Secretaria de Segurança e Defesa da Cidadania (Sesdec) para confirmar quantos policiais foram solicitados para o reforço.

Audiência de conciliação

Na quarta-feira (3), a empreiteira Camargo Corrêa, responsável pelos trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Jirau, pediu à Justiça do Trabalho (JT) a intermediação sobre o dissídio coletivo relativo aos empregados da obra. Uma audiência de conciliação entre a empreteira e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil (Sticcero) de Rondônia está agendada para a sexta-feira (05), às 14h. Também foi determinado pela JT da 14º região a liberação do acesso de pessoas e veículos ao canteiro de obras e à sede da empresa.
Raimundo Soares da Costa, presidente do Sticcero, diz que as reivindicação sãs as mesmas para os operários das duas usinas. Reajuste de 18% no salário, aumento do valor da cesta básica de R$ 270 para R$ 400 e aumento na Participação no Lucro de Resultados (PLR). Raimundo diz que durante a reunião a empresa fez uma proposta que foi recusada. “A empresa ofereceu apenas 10% de aumento no salário e aumentou o valor da cesta básica para R$ 310. Não houve acordo, por isso começamos a greve por tempo indeterminado", diz Raimundo.

Segundo o sindicato, apenas os serviços essenciais estão mantidos enquanto os trabalhadores aguardam as empresas se manifestarem com uma nova proposta.

Tanto a Camargo Corrêa quanto o Consórcio Construtor Santo Antônio (CCSA) disseram que as negociações com os operários iniciaram 60 dias antes do vencimento da data base da categoria.
*Fonte: G1


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