quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Desaceleração econômica: Demissões em massa marcam o fim do ano


Não é só o baixo crescimento do Produto Interno Bruto que aponta uma desaceleração econômica no país. Um levantamento feito pela CSP-Conlutas e notícias vinculadas nos grandes meio de comunicação apontam que embora o final do ano seja um momento de crescimento nas contratações, há uma verdadeira onda de demissões em grandes grupos econômicos, especialmente no fabril, onde os trabalhadores em tese são melhores remunerados.

Indústrias localizadas no Vale do Paraíba, em São Paulo, ameaçam por na rua milhares de operários. De acordo com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, há uma perda acumulada de 3.2250 empregos formais entre janeiro e outubro em toda a região. 
A fábrica da multinacional japonesa Panasonic, única fábrica a produzir pilhas alcalinas no Brasil, ameaça fechar sua planta em São José dos Campos, e demitir 400 trabalhadores, para reabri-la em Minas Gerais, em busca de “incentivos fiscais”.

Em Taubaté, os cerca de 700 trabalhadores da MP Plastics, que fábrica peças para linhas de montagens automotivas, estão com os empregos ameaçados, sem os salários de novembro e 13º e 90% deles estão sob licença coletiva. 

Demissões no setor fabril atingem ainda a metalúrgica Mangels, em São Bernardo do Campo (SP), que anunciou no último dia 11 o fechamento de sua unidade e a demissão de 380 trabalhadores. A empresa de alumínio Novelis, em Ouro Preto (MG), também anunciou e efetivou uma série de demissões. Por sua vez, a Vulcabras Azaleia anunciou que pretende fechar 12 unidades localizadas em municípios baianos, demitindo milhares.

No setor de serviços, a Webjet anunciou a demissão de 850 trabalhadores, que posteriormente conseguiram uma liminar na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro assegurando a manutenção dos empregos até um julgamento de uma ação movida pelo Mistério Público do Trabalho contra a Gol (compradora da Webjet).  Já o banco espanhol Santander não divulgou números precisos, mas a imprensa chega a falar em 5 mil bancários demitidos até o final do ano, apesar de um lucro de 5,7 bilhões de reais no Brasil, de janeiro a setembro (25% do lucro mundial do banco).
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