segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Confronto marca início da desintrusão da Terra Indígena Marãiwatsédé

O primeiro dia da ação de desocupação de não índios da Terra Indígena Marãiwatsédé, no Mato Grosso, foi de enfrentamentos entre ocupantes e agentes da Polícia Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional. A decisão da Justiça Federal de retomar das terras tradicionalmente ocupadas foi tomada após longa omissão de sucessivos governos federais em realizar a desintrusão e agravada pela ação de políticos mato-grossenses  de incentivar  a “ocupação” da terra indígena.


O prazo conferido pela Justiça para que os moradores deixassem a área de forma voluntária encerrou ainda na quinta-feira, 6 de dezembro.  

A procuradora da República em Mato Grosso, Márcia Brandão Zollinger, afirmou nesta segunda-feira (10) que a operação para retirada das famílias de não índios continuará mesmo diante dos primeiros registros de. Segundo ela, somente uma nova decisão judicial pode interromper a desocupação.

O Ministério Público Federal acompanha a operação de retirada e segundo a procuradora, a ocupação do território ocorreu pela má-fé. "As pessoas sabiam desde 1995 que a área era de ocupação xavante", destacou ainda Márcia Brandão.

Pelo plano estabelecido pelos agentes federais, grandes proprietários serão os primeiros a receber a equipe da desintrusão. Posteriormente, os menores. "Como há pessoas com perfil de reforma agrária, o Incra vai trabalhar para assentá-las", afirmou ainda a procuradora da República.

De acordo com o Instituto Nacional de Reforma e Colonização Agrária (Incra), uma fazenda em Ribeirão Cascalhiera,  a 893 quilômetros de Cuiabá, será utilizada para receber as famílias com perfil dos programas de assentamento do governo. Ela tem capacidade para receber 250 famílias. Até o momento, 150 famílias se cadastraram.

*Com informações do G1. O vídeo é da TV Araguaia, do Mato Grosso.

Leia também: Dom Pedro Casaldáliga é retirado de sua casa em São Félix devido a ameaças de morte

Comentários
0 Comentários

0 comentários: