segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Para assegurar lucros de empresas, governo Dilma e CUT querem retirada de direitos trabalhistas


Prevalência do negociado sobre o legislado, transformação de horas extras em “banco de horas”, “folgas” não remuneradas em períodos de “crise”, remuneração salarial para “evitar demissões”... Um pacote de medidas contra os trabalhadores estaria na agenda do governo Dilma Rousseff para breve.

Matéria publicada no jornal “O Estado de São Paulo” afirma que a Casa Civil analisa um projeto de lie pelo qual trabalhadores celetistas e empresas poderão afirmar acordos por meio de um Comitê Sindical de Empresa (CSE).

A proposta em análise foi elaborada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligado à Central Única dos Trabalhadores. O texto foi entregue ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Recentemente, a Casa Civil, que auxilia Dilma na elaboração de normas legais, pediu para analisar o projeto.

Segundo ainda o Estadão, ainda não está certo se o governo adotará o projeto como seu e o enviará ao Congresso. A presidente costuma pedir análises detalhadas dos projetos que considera interessantes, para depois decidir se os levará adiante ou não. Para colher mais subsídios, um grupo deverá ir à Alemanha nas próximas semanas.

Na Alemanha, boa parte da indústria e dos sindicatos concordaram em reduzir a jornada de trabalho e os salários, em caráter excepcional e com prazo de validade, para permitir que a economia atravessasse a crise sem falências ou demissões. "Formaram um pacto nacional, que só foi possível do ponto de vista legal porque as leis lá são flexíveis", diz uma fonte graduada da equipe econômica do governo.

O projeto é visto com simpatia no Palácio do Planalto e, principalmente, no Ministério da Fazenda. Chegou a ser citado pelo secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, em palestra na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, como parte da agenda do governo.
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