segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Se baseando no PROIFES, MEC envia ofício aos reitores dizendo que greve dos docentes acabou

Proifes, o braço do governo entre os professores em greve.

Assinado pelo Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Henrique Pessoa Lins, e enviado para os reitores de universidades federais, um ofício do MEC de 03 de agosto de 2012 afirma que foram encerradas as negociações com a representação sindical dos docentes que estão em greve em praticamente todas as instituições de ensino federal do país.

O documento afirma que os professores terão “reajuste mínimo de 25% e máximo de 40% nos salários, dividido em três parcelas anuais, a partir de março de 2013, na proporção de 40%, 30% e 30%.” É pedido “máxima divulgação” do expediente.

Para o governo, a “concessão do reajuste” dividiu a representação sindical e mesmo assim, “o governo está convencido de que a base da categoria dos docentes é favorável ao acordo — em plebiscitos realizados pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), 75% dos professores optaram pela aceitação. Além disso, as universidades federais do Rio Grande do Sul e de São Carlos manifestaram-se pela volta às atividades normais”.

Fica mais uma vez evidenciado o jogo de cena entre a direção desta “Federação” e o governo, já que a maioria das assembleias de professores de sindicatos locais ligados ao Proifes rejeitou a proposta do governo e reafirmaram a continuidade da greve como nas Universidades Federais do Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul e Bahia.

O secretário do MEC chega a afirmar também no oficio que “o governo prevê ainda a criação de grupos de trabalho - formados por reitores indicados pela Andifes e Conif, representação de sindicatos que aderirem ao acordo MEC e MPOG - para discutir e aprofundar questões relativas ao plano de carreira dos professores, respeitados os limites da autonomia pedagógica e administrativa das universidades e dos institutos federais.” 

Ou seja, só haveria acesso a qualquer discussão diante da assinatura do acordo, situação que não cabe o Andes, o Sinasefe e a Condsef e mesmo a maioria dos sindicatos do Proifes.

Leia na página do Andes: CNG/ANDES-SN denuncia golpe do governo e conclama docentes a intensificar greve
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