terça-feira, 3 de julho de 2012

Estudantes, docentes e técnicos fazem protesto no MEC e são recebidos pela Sesu





O Comando Nacional de Greve dos Estudantes organizou nesta terça-feira (3) em Brasília um protesto em frente ao Ministério da Educação, para exigir do Ministro Aloizio Mercadante atendimento à sua pauta de reivindicações e às protocoladas pelos professores e técnicos-administrativos das Instituições Federais de Ensino (IFE) também em greve. Os CNG do ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra participaram do ato que reuniu cerca de 100 manifestantes.

Em várias partes do país, os estudantes em greve realizam atividades para marcar o 3 de julho como Dia Nacional de Luta pela Educação. Na pauta estudantil, também está a defesa dos hospitais universitários, contra a privatização imposta através da Empresa Brasileira de Administração Hospitalar (Ebserh).

Na parede lateral do prédio do MEC, bloco L da Esplanada, os estudantes fizeram um mural com cartazes que trazem o nome de todas as IFE em greve. Eles reivindicam entre outros pontos melhorias na infraestrutura das instituições, concurso público para a contratação de mais técnicos e professores, melhores condições de permanência com reajuste nas bolsas, construção de restaurantes universitários e melhorias nos já existentes.

Ao final do protesto, uma comissão dos Comandos Nacionais de Greve, composta por dois representantes de cada comando de greve foi recebida pelo responsável pela Secretaria de Ensino Superior (Sesu/MEC), Amaro Lins, pelo Secretário Executivo Adjunto do MEC, Francisco das Chagas Fernandes e por Aléssio Barros, Diretoria de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, da Setec/MEC.

Cada entidade falou sobre suas reivindicações e exigiu que o MEC agendasse negociações. O Comando Nacional de Greve dos Estudantes será recebido nesta quinta-feira (5), pela manhã.


Os representantes do ANDES-SN, do Sinasefe e da Fasubra cobram uma agenda imediata de negociações. A presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, lembrou que o MEC, presente na última reunião realizada entre o governo e os professores em greve (12/6), se responsabilizou em apresentar uma proposta para a reestruturação da carreira docente e concluir as negociações até 2 de julho, o que não aconteceu. Ela relatou ainda que professores, técnicos e estudantes estiveram nesta segunda (2) no Ministério do Planejamento, para cobrar do secretário Sérgio Mendonça a proposta do governo e o agendamento da mesa de negociação.

Tanto Lins quanto Chagas disseram estar empenhados em fazer com que a reunião seja marcada o mais breve possível, mas disseram que o agendamento das negociações não depende do MEC e sim de outros ministérios e que já tinham um estudo desenhado com base no que foi apresentado pelo ANDES-SN e pelas demais entidades nas últimas reuniões do GT Carreira.

“A categoria está muito indignada e já não acredita mais nas promessas do governo. Precisamos de respostas. Se vocês já têm algo concreto, então que apresentem”, cobrou Marinalva.

Os representantes das entidades chamaram à atenção que algumas das reivindicações da greve competiam diretamente ao MEC, como os critérios para a distribuição das vagas aprovadas no PL 2134/2012.

Eles cobraram do secretário da Sesu/MEC uma mesa de negociação com a participação do ANDES-SN, Sinasefe, Fasubra e do CNG dos estudantes para discutir como as vagas serão distribuídas entre as Instituições Federais de Ensino. Após relutar, Lins se comprometeu a contatar as entidades até sexta-feira (6) para agendar em breve uma reunião com esta pauta.

O chefe da Sesu disse ainda que 1400 das vagas destinadas a docentes nas IFE serão ocupadas ainda em 2012 por professores já concursados e ainda não convocados. Outras 8 mil vagas serão abertas, através de concurso público, ainda este ano para atender às demandas de expansão do Reuni.

Fonte: ANDES-SN
Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Estudante disse...

Olá companheiro, repassando denúncia de repressão ao moviemnto de luta pela terra.

Olá,

passando para passar essa denúncia de como o estado fascista brasileiro trata aqueles que discordam das injustiças e se colocam na luta, são tratados como bandidos:

http://g1.globo.com/economia/agronegocios/vida-rural/noticia/2012/07/sem-terra-sao-presos-acusados-de-desobedecer-policia-em-ro.html

Por gentileza repasse para seus contatos.

Um abraço!