terça-feira, 22 de junho de 2010

Operação Faroeste: cinco anos de impunidade. O crime compensa?

Por Ronaldo Brasiliense*

Cinco anos depois da Operação Faroeste, onde a Polícia Federal prendeu 21 pessoas envolvidas em grilagem de terras no oeste do Pará, inclusive o então gerente do Incra José Roberto de Oliveira Faro, o Beto da Fetagri, hoje Beto Faro, deputado federal eleito pelo PT, ninguém está preso. Beto Faro é candidato à reeleição. Todos livres, leves e soltos. Alguns deles, ricos. A impunidade é a mãe da corrupção.

No momento em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decide se o Projeto Ficha Limpa deve ou não valer já para as eleições deste ano, é bom, recordar o que falou à época, em sete de dezembro de 2004, o juiz federal Fabiano Verli, que autorizou a Operação Faroeste da PF:

- Percebo que o problema é muito sério, pois se trata de possíveis atos que comprometem a segurança jurídica e o digno funcionamento da Administração. Quando uma turminha tem ampla preferência, dentro do Incra, para iniciar a titulação de uma área, este esquema desvirtua a ordem normal das coisas. Uma pessoa que inicia o procedimento de regularização de terras sem pagar a uma destas empresas especializadas corre um presumível risco de ser preterida em relação a outra que usou dos serviços destas empresas.

As perguntas que não querem calar: Porque todos os envolvidos na grilagem de terra presos na Operação Fartoeste ainda não foram julgados? Porque continuam soltos? No Brasil, o crime compensa?
Com a palavra o Poder Judiciário!


*Fonte: O Paraense, 10 de junho de 2010.
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