segunda-feira, 31 de maio de 2010

Nazi-sionismo:TV israelense anuncia 19 mortos em ataque contra comboio humanitário

O Canal 10 da televisão israelense informou que pelo menos 19 ativistas foram mortos e 36 foram feridos no ataque militar de Israel contra uma frota que transportava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, na madrugada desta segunda-feira.

Uma frota formada por 6 navios de diversas organizações internacionais de ajuda humanitária e de direitos humanos tentava furar o bloqueio imposto por Israel e pelos Estado Unidos à Faixa de Gaza desde o cessar fogo de janeiro de 2009. Eram transportadas mais de 10 mil toneladas de alimentos, além de remédios, cadeiras de rodas e pré-moldados para construção de moradias.

“Gaza Free: Break the Siege of Gaza”
Estariam nas embarcações 750 pessoas de diversas nacionalidades. O principal navio da frota tinha bandeira da Turquia, país que apoiou o ato de solidariedade e que formaria a maior parte da comitiva. A frota de seis embarcações havia deixado as águas internacionais
próximo à costa do Chipre no domingo (30) e pretendia chegar a Gaza nesta segunda-feira (31).

Na madrugada, por via área e por mar, a marinha de Israel invadiu as embarcações. Ativistas gritaram que estavam em águas internacionais, informações que agora a pouco foi confirmada pelo porta-voz do Exército israelense, general Avi Benayahu em nota pública.Israel havia dito que bloquearia a passagem dos barcos e classificou a campanha de "uma provocação com o intuito de deslegitimar Israel". Oficialmente e até o momento, foi divulgada a morte de 10 ativistas, mas um canal israelense comunicou agora a pouco que o número é no mínio de 19 mortos.

Repercussão
As mortes dos ativistas envolvidos na expedição de ajuda aos palestinos causou grande repercussão até mesmo em países aliados de Israel. A própria Turquia, país de maioria islâmica, tem acordos econômicos e de ajuda militar com o enclave sionista. Ao mesmo tempo, milhares de turcos saíram as ruas durante todo o dia de hoje em protesto. Também houve protestos hoje no Líbano, Egito, Irã, Síria, nos territórios palestinos e até em Israel.

O Ministério de Assuntos Exteriores da Grécia iniciou um mecanismo de gestão de emergência com um telefone à disposição dos familiares dos gregos que estão na "Frota da Liberdade", pois três dos navios que a compõem procedem deste país. Yanis Maistros, porta-voz em Atenas da seção grega da iniciativa, declarou que "cinco navios foram sequestrados"; e que "receberam disparos a partir de lanchas e helicópteros israelenses quando estavam navegando em águas internacionais, próximas ao litoral israelense".

Países europeus como a Alemanha condenaram a “reação desproporcional”, num claro joguete de palavras de apoio à ação militar. De acordo com a AFP, a União Europeia pediu um inquérito sobre o “incidente” e os palestinos pediram uma reunião urgente na ONU. O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, condenou o ataque, classificando-o de “massacre”.

Cobertura
Pelo menos dois canais de televisão estavam a bordo de um dos navios. Na Turquia, um canal local mostrou ao vivo e por mais de uma hora a invasão do barco pelos israelenses. Canais ocidentais imediatamente pegaram uma imagem de uma possível reação de um passageiro para reforçar a tese de Israel teria agido em “legítima defesa”.

As imagens mostram algumas pessoas, aparentemente feridas, deitadas no chão. O som de tiros pode ser ouvido.


A TV árabe Al-Jazeera relatou, da mesma embarcação, que as forças da Marinha israelense embarcaram atirando, ferindo o capitão.

Brasileira a bordo
Entre os ativistas a bordo de um dos navios estaria a brasileira Iara Lee. A informação foi passada ao Itamarati pela professora Arlene Elizabeth Clemesha que é Diretora do Centro de Estudos Árabes da Universidade de São Paulo e Membro do Instituto da Cultura Árabe, ICArabe, Brasil.

Encontrava-se a bordo de um dos barcos do movimento pacífico Free Gaza, a brasileira Iara Lee. Ela estava comunicando-se via satélite. Ontem à noite informou que os barcos tinham de aproximado da Faixa de Gaza, onde pretendem entregar ajuda humanitária, desde remédios até material de construção. Mas, interceptados e cercados pelo exército israelense, ela temia por sua segurança. Hoje pela manhã soubemos pelos noticiários que 15 pessoas dos barcos foram mortas.Pedimos encarecidamente que o Itamarati tome as providências cabíveis e necessárias para assegurar a vida e a integridade de Iara Lee.”, diz a carta enviada hoje ao Itarmarati que é assinada também pela jornalista Marcia Camargo.

Iara Lee é brasileira com ascendência coreana e coordena a Ong
Caipirinha Foundation.

Conforme o seu perfil na internet, ela atua com projetos que visam garantir a paz com justiça.. Iara está atualmente trabalhando em uma variedade de iniciativas, agrupadas sob a égide da "Culturas de resistência", uma rede de ativistas que reúne artistas de todo o mundo. No centro dessas iniciativas é um documentário longa-metragem intitulado culturas de resistência, que explora a arte como ação criativa e contribuir para a prevenção e resolução de conflitos.

*Com informações de Agências Internacionais, blogs, emails e TV Al Jazeera.

Circulando pela internet:
Transmissão ao vivo da invasão dos barcos feita para a Turquia:
http://gazafreedommarch.org/

Blog do Tsavkko : Relato da situação em um dos barcos minutos antes da invasão (em português)

Mais sobre Iara Lee: http://www.culturesofresistance.org/iara-lee (em inglês)
Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Unknown disse...

Se a Turquia tivesse mandado bala em civis israelenses em águas internacionais o dia tinha amanhecido com o céu cheio de mísseis israelenses sobre Istambul. E a casa branca teria classificado o ato como massacre ou TERRORISMO. O que mais me revolta é que Israel faz isso todo dia só que por outras vias. Isso que dá se valerem de ser as eternas vítimas do holocausto com direito a sirene e tudo. Todos os grupos étnicos e civilizações foram explorados e massacrados por outros grupos em alguma época, e nem por isso os Maias metralham os Espanhóis.