terça-feira, 20 de abril de 2010

Sobre Belo Monte...

O consórcio vencedor do leilão chama-se Norte Energia. O grupo será liderado pela estatal Chesf, subsidiária da Eletrobrás, que terá uma participação de 49,98%;

A construtora Queiroz Galvão e a Gaia Energia e Participações ficaram, cada uma, com uma fatia de 10,02% do grupo, que conta ainda com a Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Serveng, J Malucelli Construtora, Contern Construções e Cetenco Engenharia;

O BNDES vai financiar até 80% da obra e o prazo para pagamento dos empréstimos foi estendido para 30 anos. Além disto, o governo está oferecendo benefícios fiscais (desconto de 75% no pagamento do IR);

Segundo o governo federal, a hidrelétrica custará pelo menos R$ 19 bilhões. Porém, há cálculos que asseguram que a obra pode custar até R$ 30 bilhões. Isso teria motivado a desistência do consórcio formado pelas empreiteiras Camargo Correia e Odebrecht;

Estudos de pesquisadores da área energética dão conta que após construída, a hidrelétrica jamais atingirá a capacidade de produção prometida, dada as grandes diferenças entre as cheias e vazantes no rio Xingu;

Segundo dados do governo, o rio Xingu perde vazão – quantidade de água - no verão, época de seca. Por conta disso, a expectativa é de que Belo Monte, que terá capacidade instalada de 11.233 MW, tenha uma geração média de 4.500 MW. Em época de cheia pode-se operar perto da capacidade e, em tempo de seca, a geração pode ir abaixo de mil MW. Para críticos da obra, isso coloca em xeque a viabilidade econômica do projeto;

A terceira maior hidrelétrica do mundo deverá remover mais terra e pedra do que a construção do Canal do Panamá, desalojar 60.000 pessoas e atrair para Altamira e região cerca de 100.000 pessoas;

A região conhecida como Volta Grande do Xingu terá pouca água durante a maior parte do ano, devido os desvios de canais para alimentar as turbinas de geração de energia.
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