sábado, 27 de março de 2010

Em luta: Educação tucana, repressão e sucateamento

A repressão promovida pela Polícia Militar ontem contra os professores estaduais em greve não desanimou a categoria. Apesar de inúmeros feridos por cassetetes, bombas de gás e tiros de borracha, a maioria mulheres presentes na manifestação de ontem, a categoria votou pela continuidade da greve.

A forte repressão de ontem indica que o governo estadual tucano irá reforça a a tática de criminalização do movimento para desmontar a greve que está crescendo e ganhando apoio popular. Conta para isso com o apoio da grande mídia, com desvirtuamento da luta dos professores.

Há duas semanas o pré-candidato do PSDB vem se encontrando com manifestações grevistas em várias inaugurações pelo estado de São Paulo, muitas delas de obras inexistentes ou inacabadas. Nestas manifestações, os professores eixgem a abertura da mesa de negociação e da pauta de reivindicações, quase sempre sendo respondidas com agressões e infiltrações de agentes provocadores.

O mesmo governo que usa as leis de segurança pública contra os professores é o mesmo que não viabiliza material pedagógico, estrutura física e de pessoal e formação. Serra também não cumpre a data base que o próprio PSDB sancionou desde a sua promulgação.

Os professores estão com defasagem salarial há dez anos com quebra do poder de compra em mais de 25% nos últimos governos tucanos.Mas, a situação de precariedade é ainda maior. Para os professores do Coletivo da Conlutas de Lorena, “nossas escolas encontram-se em estado de calamidade pois com a aprovação automática dos alunos imposta por lei federal e estadual, não temos autonomia pedagógica para aferir resultados da aprendizagem. Mas somos cobrados de tais resultados em avaliações de desempenho que condicionam nossos salários a resultados positivos desde o ponto de vista do governo.”
Comentários
0 Comentários

0 comentários: