sexta-feira, 31 de julho de 2009

Bi-campeã!


O desmatamento na Amazônia Legal teve uma significativa redução. As informações constam do documento Transparência Florestal da Amazônia Legal (Junho de 2009), do Imazon, divulgado hoje no sítio da Ong.

Pelo levantamento, em maio de 2009 foram registrados 150 quilômetros quadrados de desmatamento, uma queda de 75% se comparado com o mesmo mês do ano passado. Contudo, parte da região (42%) estava coberta por nuvens, o que significa que áreas já desmatadas só serão contabilizadas nos próximos meses, período mais seco na região, quando também se intensificam novos desmatamentos e queimadas.

O Pará respondeu por 81% deste desmatamento. Mas, quando se leva em conta as áreas degradadas, o campeão é o estado do Mato Grosso, com 84% dos 661 quilômetros quadros de floresta degradada, que é quando não há supressão completa da vegetação, mas esta está tão alterada por extração de madeira ou incêndios que já perdeu sua fisionomia original.

Pelo segundo mês seguido Novo Progresso é o município campeão de desmatamento na Amazônia, seguido de Altamira e Itaituba, todos no eixo da BR 163, onde o Incra atuou por meio de 'regularização fundiária' no ano passado ("Incra em ação na BR 163" diz a propaganda).

Umas das surpresas é que 21% do total de áreas desmatadas correspondem á Unidades de Conservação, áreas administradas principalmente pelo Ministério do Meio Ambiente através do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Flona Jamanxim, Flona Altamira e Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo estão virando pó. Na mesma região estão os assentamentos Nova Fronteira e Terra Nossa, o primeiro e o quarto que mais desmatam na Amazônia.

As UCs só perderam para as terras privadas, posses e áreas devolutas que correspondem a 73% do total. Os assentamentos de Reforma Agrária responderam por 5% do desmatamento e as Terras Indígenas por 1%.

Em breve, um artigo especial sobre o assunto.
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