quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Um fantasma ronda o velho stalinista


A atual e profunda crise do capital financeiro atinge em proporções rápidas e catastróficas o mundo da produção, com quebras de empresas e demissões em massa para os trabalhadores. Muitos estão a comparar a atual crise com a de 1929, que penduraria até os anos quarenta, tendo na II Guerra Mundial uma trágica saída.

Talvez esse fenômeno esteja a assustar velhos stalinistas que parecem buscar em calúnias imputadas à Trotsky a responsabilidade pela adesão ao imperialismo e ao capitalismo parasitário de toda uma geração de militantes de partidos comunistas no centro e na periferia do globo.

Neste sentido, um recente artigo do jornalista e militante do Partido Comunista Português Miguel Urbano chama atenção. Urbano se diz surpreendido com a permanência das idéias “trotskistas” nos dias atuais, que seriam mantidas por uma combinação de intelectuais e jovens pequenos-burgueses.

Mas, o cerne do argumento é que o “trotsquismo” (expressão criada por Stálin) só se manteria nos dias de hoje graças ao capitalismo, que daria sobrevida a uma “excrescência ideológica” para se contrapor as “grandes conquistas soviéticas”!

Seria uma ironia esse ataque a um dos maiores teóricos da crise capitalista exatamente neste momento?

A seguir, os links do artigo de Miguel Urbano e dois artigos em resposta, dos brasileiros Mário Maestri e Álvaro Biachi.

Apontamentos sobre Trotsky — O mito e a realidade
Miguel Urbano Rodrigues - publicado no sítio Resistir

Por que o espectro de Trotsky ronda o mundo?
Mário Maestri – publicado no Correio da Cidadania.

Antitrotskismo: manual do usuário
Álvaro Biachi – publicado no sítio do PSTU
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