sábado, 22 de novembro de 2008

Luta pela terra continua fazendo vítimas e impunidade prevalece

Quinta-feira completou-se quatro anos do Massacre de Felisburgo, em Minas Gerais. Mesmo com todo esse tempo, a principal reivindicação apresentada pelos acampados, organizados pelo MST, é a mesma: desapropriação imediata da área. Pior, é que a impunidade também ainda é reina. Famílias vitimadas nunca foram indenizadas e o mandante do massacre Adriano Chafik Lued e seus pistoleiros, ainda não foram julgados.

O massacre no município de Felisburgo, na região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais aconteceu quando cerca de 17 pistoleiros, executaram cinco trabalhadores rurais sem terra e deixaram outros vinte gravemente feridos.


Esta semana, pistoleiros cumpriram ameaças e mataram e mataram um trabalhador sem terra em Redenção, no Pará.
José Ribamar Rodrigues dos Santos estava sendo ameaçado a mais de um mês.

O integrante da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Ulisses Manaças, conta que depois das ameaças, lideranças dos movimentos sociais se reuniram com as secretarias de Justiça e Direitos Humanos e Segurança Pública e a Superintendência do Incra para tratar das constantes ameaças contra os trabalhadores. No entanto, as autoridades não adotaram nenhuma medida.

De acordo com relatos das famílias, os oito pistoleiros que atacaram o acampamento estavam fortemente armados, usavam capuz nos rostos para não serem identificados e se apresentavam como policiais. O clima é de medo na região. Para Manaças, a morte de mais um sem terra é o retrato da falta de reforma agrária e do desleixo com que os governos tratam a questão fundiária na Amazônia.

Com informações do MST e RadioAgência NP.

Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Arnaldo José disse...

É , mais um ano de impunidade. Dessas e de outras mortes. A do companheiro Calazans, da Fetaemg, foi avisada ao ex-pseudo-superintendente, que depois de não tomar providências simples para sanar os problemas do aasentamento em questão, ainda teve a cara de pau de falar na mídia, depois do assassinato, que não sabia do que estava acontecendo no local. A CPT esfregou na cara dele os relatório protocolados na superintendencia dobre as denúncias e pedidos de providências.

Sobre este massacre, em especial, a procuradoria do INCRA ( em especial Sr malvadez) relatou ao MST que a fazenda está enrrolada e que nao deve sair a desapropriação tão cedo. Quer dizer: o bom é matar o povo mesmo que não prende nem desapropria.
E tem mais uma, o primo do acusado de ser o mandante do massacre, a uns meses atrás, estava tendo a fazenda vistoriada, ameaçou os servidores responsáveis e os colocou pra correr. O que o ex-pseudo-superintendente fez? NADA..


E a luta continua.....

Arnaldo José disse...

o massacre q falo no 2 parágrafo é o do texto